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Mostrando postagens de novembro, 2018

AM

Já era madrugada, no relógio marcavam 01:43 AM, o som da chuva do lado de fora da janela e do lado de dentro o silêncio da saudade. - Ta aí? - vibrou no celular Talvez não estivesse de fato, mas respondeu que sim. - Ouvi alguns trovões, ainda sente medo? - Medo é escolha! - disse, sem ter certeza. - Como tem tanta certeza? - Só tenho rs - engoliu a seco, quando percebeu que já não falava mais com insegurança. Após alguns segundos com a palavra "digitando..." no topo da conversa, surge uma nova mensagem. - Você ainda gosta de cerveja né? Que tal sairmos algum dia desses? Com a tela do celular, frente a frente no rosto, em plena madrugada, com um pijama de bolinhas, e um coração em cicatrização, respondeu: - De cerveja sim, mas de companhia já não sei... "no mesmo instante" - Você mudou, não é mais a mesma - Sim. Já nem sinto mais medo de trovão. E você? Ainda sofre com o escuro? Daquela mensagem em diante, eles já não se falaram mais, não se responderam...

Se tu soubesse

A menina, se tu soubesse que a admiração vai se transformar em medo. A menina, se tu soubesse como as coisas vão mudar. A menina, se tu soubesse que seu único guia será tua cabeça. A menina, se tu soubesse que crescer não é tão legal assim. Sua vida se molda a cada instante, por onde andar não siga passos, muito menos se veja atrás dos olhos de alguém, venho dizer. Seja você, por você. Leve consigo o que tu achas que é compreensível de entender, pois num futuro próximo tudo ficará bem mais complexo. Você hoje é alguém de esperança, alguém de brilho nos olhos. Você não vai perdê-los, porém se manterá distante daquilo que és agora. Não deixe que te coloquem medo , não se esconda. Acredite em mim, fingir que dorme não vai evitar grandes coisas. Eu hoje, sou menina, e a se tu soubesse...

Alma

O grito que vive entalado na minha alma, clama para ser alguém, alguém feito de intensidade, capaz de desbravar o mundo. Só pede uma respiração mais funda, um sentimento mais simpático, pois cada dia que passa, nesse corpo, cheio de ossos revestidos por uma pele esticada se vê mais apático e menos poético. Todas as vezes em que eu encontro com a minha alma, seja no espelho ou no reflexo de um rio turbulento, ela me diz que existem varios de nós, que vivem um tanto mortos lá dentro, como num formigueiro onde um luta pela sobrevivência do outro.  A vida já não é tão bela quanto antes, e ainda assim é a melhor opção para se sentir melhor com os vários de você que existe no teu peito.